Vídeo resumo TERRA BATIDA 2020

TERRA BATIDA

TERRA BATIDA é uma rede de pessoas, práticas e saberes em disputa com formas de violência ecológica e políticas de abandono. O conhecimento singular e local de conflitos socioambientais, aliado à ação em rede, convocam resistência aos abusos extrativos e também pedem cuidado: para especular e fabular, para construir visões e vidências sensoriais entre mundos exauridos e exaustos.


RESIDÊNCIAS TERRA OURIQUE

Monte das Doceitas 8–15 Junho 2020

Neste encontro, foi discutido o modelo político-económico de intervenção na paisagem e as drásticas transformações territoriais que acarreta, sobretudo a partir dos modos de produção trazidos pelos regadios do Alqueva, bem como as suas graves consequências para os solos e de razia à biodiversidade. Os temas em debate abrangeram as técnicas de produção superintensiva (olival, amendoal e estufas) e as implicações físicas e laborais da agricultura industrial; posse e usufruto da terra; marcas humanas na paisagem ao longo dos tempos (história e arqueologia), ao longo do espaço (solos, montado, seca, transumância e criação de animais): a construção de comunidades e memória; a desertificação; a extração de trabalho migrante; ou a falta de água e de gente.

APRESENTAÇÕES

Teatro Municipal São Luiz 15-27 Novembro 2020

Terra Batida é uma rede de pessoas, práticas e saberes em disputa com formas de violência ecológica e políticas de abandono. Em 2020, enreda intervenientes das áreas da dança, cinema, performance, artes visuais com cientistas, cooperativas e ativistas nas regiões de Ourique, Castro Verde, Montemor-o-Novo, Aveiro, Ílhavo e Gafanha da Nazaré. Parte-se do acompanhamento de contextos específicos em Portugal para pensar e operar em múltiplas escalas. No contexto alentejano, discute-se desertificação, agricultura superintensiva e a concomitante extração de trabalho migrante, minas desativadas e tóxicas, mares de estufas litorais, a falta de água e de gente, a conservação de espécies e outras formas de resistência comunitária. Na região de Aveiro, problematiza-se a erosão acelerada da linha costeira, o tráfego portuário, a subida do nível dos mares e a indústria de celulose. Estes problemas são matéria de conflitos sociais, raciais e interespécie. Parte deste processo é partilhado no Alkantara Festival, com augúrios e propostas de Ana Rita Teodoro, Joana Levi, Marta Lança, Rita Natálio, Sílvia das Fadas e Vera Mantero, conversas e laboratórios com participantes das residências, um número especial do Jornal MAPA e um site que ajuda a emaranhar posições.

O Alkantara Festival regressa em novembro a Lisboa com uma programação internacional e experimental de dança, teatro, performance, conversas e debates. Espaço de encontro, partilha e discussão pública, o Alkantara Festival apresenta em estreia absoluta no Teatro São Luiz os espetáculos Tafukt, do coreógrafo Radouan Mriziga, The Anger! The Fury!, da coreógrafa e dramaturga Sónia Baptista, e ainda um conjunto de performances, conversas e debates da rede Terra Batida, a partir de investigações, em diferentes regiões de Portugal, em torno de conflitos socioambientais.

15 novembroApresentação Rede + Jornal Mapa16h, transmissão em streamingacesso livre no facebook e youtube do Alkantara e facebook da Parasita Associção

16 e 17 novembro(performance – sessão dupla)Marta Lança | e Joana Levi | 19h30, Sala Mário Viegas

19 novembro(filme + conversa)Sílvia das Fadas (com Francisco Janes) | 19h, Sala Mário Viegas

20 novembro(pesquisa)Ana Rita Teodoro | 19h, Sala Bernardo Sassetti

23 e 24 de novembro(pesquisa)Maria Lúcia Cruz Correia e Vera Mantero | 19h, Sala Mário Viegas

26 e 27 novembro(performance) + (encontro/debate)Rita Natálio | 18h30, Sala Bernardo Sassetti